
- Primeira aparição: Revista Astounding Science-Fiction, setembro de 1941, páginas 9-34.
- Título em Português: O Cair da Noite.
- Publicação no Brasil: O Cair da Noite (1981 – Hemus). Atenção: este livro é a coletânea de contos, não o romance.
- Comentários: Este conto sofre de uma maldição da qual é muito difícil escapar: a maldição da alta expectativa. Se você é visitante frequente deste blog, significa que acompanha a carreira do Asimov de perto, o que muito provavelmente significa também que já sabe de antemão que este não é somente considerado o melhor conto de ficção científica de Asimov — é considerado o melhor conto de ficção científica de todos os tempos! Mas, sinceramente… Claro que tenho que concordar que o conto é muito bom (melhor que a versão em romance), mas ao mesmo tempo temos que manter uma certa perspectiva aqui. O próprio Asimov muitas vezes reclamou (naquele jeito jocoso dele): como é possível que ele não possa ter escrito nada melhor depois de um conto que escreveu no comecinho da carreira!

Bem, eis aqui o que acho:
Em primeiro lugar, a premissa é sensacional. Mas, mais sensacional do que a premissa, é ver como Asimov consegue se colocar no lugar daquelas pessoas e imaginar toda uma perspectiva, um ponto de vista sobre a vida, sobre a história, sobre o universo, desenvolvido por seres humanos que não entendiam o conceito de noite – e eram apresentados à inevitabilidade do ciclo da vida, só que um ciclo muito mais longo e, portanto, muito mais traumático. É um exercício maravilhoso no que se refere a entender que o mundo nada mais é do que um conjunto de impressões que é exclusivo de um grupo que compartilha determinadas crenças, culturas e comportamentos. Nos ajuda a entender não somente que tudo é relativo, mas também quão profunda é a importância do universo ao nosso redor no que se refere a moldar quem somos e nossa relação com o nosso planeta e com os outros.
Tendo dito isso, concluo o seguinte:
SIM, um dos melhores contos de Asimov.
NÃO, não acho o melhor conto de ficção científica de todos os tempos.
NÃO, tampouco acho que é o melhor conto de Asimov. Particularmente sou muito fã de todas as histórias envolvendo robôs e aquelas, para mim, são imbatíveis.
SIM, mereceu todos os prêmios que recebeu na época e que continuou recebendo por um tempo.
SIM, Asimov verde, leitura obrigatória para todos os fãs de Ficção Científica, asimovianos ou não!
Ranking dos Contos até a publicação de 1941.032 – Nightfall

- 1938.003 – Marooned off Vesta
- 1939.014 – Robbie
- 1940.019 – Homo Sol
- 1940.021 – The Imaginary
- 1940.025 – Reason
- 1941.028 – Liar!
- 1941.031 – Super-Neutron
- 1941.032 – Nightfall
Asimov Verde: Os melhores, imperdíveis!

- 1938.002 – The Callistan Menace
- 1938.005 – Ring Around the Sun
- 1938.006 – The Weapon
- 1938.010 – Trends (Ad Astra)
- 1939.015 – Half-Breed
- 1940.023 – Heredity
- 1941.027 – The Little Man on the Subway
- 1941.030 – The Hazing
Asimov Amarelo: Medianos, interessantes.

- 1938.009 – The Magnificent Possession
- 1939.011 – The Weapon Too Dreadful to Use
- 1939.013 – Black Friar of the Flame
- 1939.016 – The Secret Sense
- 1940.020 – Half-Breeds on Venus
- 1940.024 – History
- 1940.026 – Christmas on Ganymede
Asimov Vermelho: Só para os fãs mais completistas.

- 1934.000 – Little Brothers
- 1938.001 – Cosmic Corkscrew
- 1938.004 – This Irrational Planet
- 1938.007 – Paths of Destiny
- 1938.008 – Knossos in Its Glory
- 1939.012 – The Decline and Fall
- 1939.017 – Life Before Birth
- 1939.018 – The Brothers
- 1940.022 – The Oak
- 1941.029 – Masks
Asimov Azul: Contos perdidos, textos alternativos, exercícios literários para os quais seria impossível – ou injusto – fazer qualquer crítica.
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